sábado, 30 de agosto de 2008

Trabalho


Dinheiro é importante, ninguém duvida disto. Com um bom salário, o profissional tende a ficar satisfeito e motivar-se mais e melhor para a realização de um trabalho bem feito.

Todavia, tem um "par" de outras coisas que são - ouso dizer - mais importantes do que o tamanho do salário.

Pode parecer demagogia - afinal, vivemos em um mundo onde "ter é poder"... - mas, na verdade, para quem vive a experiência de estar sem emprego, por algum tempo, muitos outros fatores podem vir em primeiro lugar.

Estar desempregada, como já abordei antes, é algo difícil. Mexe com a auto-estima, com a segurança, com os planos e sonhos; modifica a rotina, impõe medidas de contenção (financeira) e, algumas vezes, provoca o isolamento social. Trabalhar, então, surge como uma possibilidade de retomada de tudo o que fora perdido; representa a chance de sentir-se, mais uma vez, produtivamente saudável, competente, dinâmica, viva!

Mas, acredito que não ajuda muito quando o ambiente de trabalho, ou o próprio trabalho em si, não são compatíveis com o "perfil" do empregado. Quando estes itens não estão em sintonia, muitas vezes o trabalho torna-se a fonte de adoecimento, e não a "tábua de salvação".

Por tudo isto, cada vez mais vejo, penso e sinto que existem algumas coisas que estão acima do valor no contracheque.

Chegar ao trabalho e encontrar pessoas agradáveis, queridas, que demonstram prazer no que fazem e que buscam sempre fazer bem feito; atuar em funções que sejam compatíveis com nossas necessidades, vontades; receber elogios sinceros ou demonstrações de confiança por parte dos clientes, colegas e superiores; estar feliz em acordar cedo, todos os dias, para realizar uma atividade que precisa de sua ação; gostar de aprender mais, de se aprimorar, de melhorar, para realizar melhor as atividades que lhes são confiadas; tudo isto tem se revelado, para mim, como questões muito, muito maiores e mais fortes do que o salário.

Não serei hipócrita para dizer que trabalhar "de graça" seria maravilhoso! Não, não seria. O salário é mais uma forma de estimular o aperfeiçoamento, a qualificação, por isto deve ser sempre um bom valor... apesar de nem sempre ser esta a realidade.

Porém, não há dinheiro que pague o elogio de um cliente, que chegou tenso e assustado, e foi para casa mais tranqüilo e confiante; não há preço suficiente para motivar mais do que a confiança depositada por um líder, demonstrando que somos competentes e estamos aptos a realizar a tarefa confiada.

Nada paga o prazer de encontrar sorrisos, ao chegar ao trabalho; sorrisos e gestos de simpatia, de cordialidade, desde a recepção, até os últimos andares...

Estou muito feliz com minhas descobertas, com o trabalho que temporariamente exerço, com as pessoas que tenho convivido e com as tantas coisas que tenho aprendido, todos os dias, com todas as pessoas que tenho encontrado.

E essa felicidade - eu sei bem!!! - não tem receita e nem pontos de venda... quando ela acontece, só se sabe que aconteceu... e que é muito bom!

Natalie Dowsley.

2 comentários:

Anônimo disse...

Natalie, fiquei emocionado com suas palavras, muito mesmo, suas palavras são um remédio, para curar algumas pessoas que estão na mesma situação que a sua, e até mesmo uma reflexão para outros, muito bonito e muito real, esta sua citação, meus parabéns.
Assinado, seu fã número 1 do seu blog.(Não vou assinar poís tenho certeza que vc sabe quem é).

Anônimo disse...

Flor linda!! Vc deveria ser escritora . Quando leio seu blog parece que estou ouvindo vc ao meu lado. Te amo muito viu amiga. E é incondicional, não tem tempo ou distância que apague. Beijinhos,
Deus te abençoe
Poli