quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Minha Maria...

Minha Maria

Era uma vez uma menina que sonhava muito. Todo dia, toda hora, a cada piscar de olhos. Maria não sabia parar de sonhar! E também não sabia como fazer o sonho se tornar realidade...

Para Maria, isso era um grande problema! Cada dia que passava, sua "caixinha de sonhos" estava ainda mais cheia... mas, eram tantos, eram tão grandes os sonhos, que Maria, desesperada, paralisava! "O que posso fazer com tantos sonhos, tantos sonhos grandiosos?!"

Maria pensava muito, muito mesmo!

Um dia, como aquele dia em que Alice mergulhou em seus sonhos, no buraco quase infinito que era ela mesma, Maria percebeu que o mundo não pára!

Pode parecer bobagem, coisa óbvia. Mas, na verdade, não é tão óbvio assim... pelo menos, não para Maria!

Ela sorriu, achando graça ao pensar que a Terra estava, naquele momento, girando, e que nem ao menos sabia se o Brasil é que estava de ponta cabeça, ou se eram os chineses que estavam pendurados pelos pés, presos pela força gravitacional.

Maria ficou pensando... nada está em inércia total! Os físicos não sabiam disso?! Como pode algo ficar totalmente inerte, estando envolto por este mundo enooorme, cheio de gente, cheio de sensações, de aromas, de canções, de silêncios?...

Mesmo quando Maria estava deitada em sua cama, sonhando e sonhando, ela não estava "parada"... só não estava se mexendo o suficiente pros sonhos saírem da cabeça dela e se materializarem no lado de fora de si mesma.

Maria, pensando em como era boba por nunca ter pensado nisto, sorriu. Sabia, agora, que precisava gastar ainda mais energia em suas empreitadas diárias relacionadas aos seus sonhos. Maria descobriu que precisava fazer mais! Agir mais! Pôr em prática!

Maria, então, parou de sorrir. Descobriu, neste minuto, que era uma tarefa um tanto difícil pra ela... não se sabe porquê...

A garota enxugou duas ou três lágrimas, que caíram do universo imenso de pensamentos que ocorriam naquele instante em Maria; levantou-se da cama e resolveu começar a agir.

Ela sabia que precisava começar a aprender a agir, sem a pressa que a ansiedade lhe impunha.

Maria sabia que tinha, agora, muitas coisas para melhorar em si mesma, muitas coisas para "crescer".

Ela estava feliz, de um jeito estranho, desconhecido... mas, feliz.

Maria sabia que, agora, o mundo dela seria mais colorido, porquê agora não reinam apenas sonhos; residem sonhos, ações e canções.

(Natalie Dowsley)

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