quarta-feira, 9 de julho de 2014
Tic Tac
Areia escorrendo ao som do uivo dos ventos;
Ponteiros se enlaçam e se afastam
Como se dançassem um tango triste;
Luz e escuridão simulam uma peça e nos fazem meros fantoches.
Entre valsas lamuriosas, olhamos o maestro a conduzir
Vidas, sonhos e lágrimas,
Mudando rumos e reordenando o Universo sem cerimônias
Ora atônitos, ora entediados,
Talvez por mera ilusão de paz por vezes deixamos que passe
Sem causar-nos a dor que lhe caberia fazer.
O acúmulo de histórias e estórias nos encharca o peito
E cada adeus é uma parte desse mundo que se precipita.
Aprendemos, a cada instante, que colher pedacinhos reluzentes de vida,
Caídos ao chão, é parte inevitável da caminhada.
E o Tempo, astro-rei de tudo o que é vivo,
Continua a acarinhar, sem pudor, as cordas do violino
Entoando momentos de vida harmônica em contraste com o desafino das despedidas.
Natalie S. Dowsley
09/07/2014
segunda-feira, 21 de abril de 2014
Mar Revolto
Eis aqui a alegria
Ora escondida em tempos de pressa,
em sonhos submergidos pela inebriante rotina de não-ser.
Eis-me aqui novamente
Buscando integração, desejando o reencontro,
atenta a cada parte do todo,
à procura de salvação
Jaz em mim um tempo de outrora
antes mergulhada em flashbacks de incerteza,
pisoteada por uma dor alucinante de não permitir ser
Tocar o mar revolto que me faz perdida
Abraçar a agonia de ver o tempo perdido e retomar o leme.
Agora o tempo parou.
Segundos de caos, o único caminho da paz.
Ora escondida em tempos de pressa,
em sonhos submergidos pela inebriante rotina de não-ser.
Eis-me aqui novamente
Buscando integração, desejando o reencontro,
atenta a cada parte do todo,
à procura de salvação
Jaz em mim um tempo de outrora
antes mergulhada em flashbacks de incerteza,
pisoteada por uma dor alucinante de não permitir ser
Tocar o mar revolto que me faz perdida
Abraçar a agonia de ver o tempo perdido e retomar o leme.
Agora o tempo parou.
Segundos de caos, o único caminho da paz.
Paixão, ora saudade
Intensidade que corrói e faz doer
Que queima a pele com um recordar
E arde a alma ao lembrar do que foi desejo
Vívido, ainda que não vivido
Um turbilhão de palavras, sons e imagens
Estremecidas em um calar profundo frente ao mundo
Implodindo em chamas um silêncio profano
Olhos fechados e uma viagem ao âmago mais honesto
Sinceridade escondida do próprio ser; ilusão
Mar revolto se faz presente ao abrir a alma
E pingos d'água brotam do que se faz reviver
Dor. Não do que se teve e perdeu
Mas do que não se tem mais, por opção...
O pouco admirado passado explica a fuga mas atordoa
Acelerar a alma
Apurar sensações
Descortinar pudores
Temperar a vida, sem temperança
Saudade é o que resta
E agora se faz presente
Aquecendo a alma em pensamentos, lembranças, palavras.
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