segunda-feira, 21 de abril de 2014
Paixão, ora saudade
Intensidade que corrói e faz doer
Que queima a pele com um recordar
E arde a alma ao lembrar do que foi desejo
Vívido, ainda que não vivido
Um turbilhão de palavras, sons e imagens
Estremecidas em um calar profundo frente ao mundo
Implodindo em chamas um silêncio profano
Olhos fechados e uma viagem ao âmago mais honesto
Sinceridade escondida do próprio ser; ilusão
Mar revolto se faz presente ao abrir a alma
E pingos d'água brotam do que se faz reviver
Dor. Não do que se teve e perdeu
Mas do que não se tem mais, por opção...
O pouco admirado passado explica a fuga mas atordoa
Acelerar a alma
Apurar sensações
Descortinar pudores
Temperar a vida, sem temperança
Saudade é o que resta
E agora se faz presente
Aquecendo a alma em pensamentos, lembranças, palavras.
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