sábado, 17 de janeiro de 2009

Libertando-me do casulo

Estou feliz. Ansiosa
Por, depois de me espremer em um casulo
Sufocante, apertado,
Pequeno pro meu coração,
Estar começando a sair... a voar.

Quero começar voando lento,
Batendo as asas ao meu tempo,
Sem pressa e sem medo,
Sem dor e sem lamentos.
Quero viver a vida, com vida,
E ser feliz a cada momento.

Quero fazer tudo o que sempre quis
E fazer agora, hoje,
Sem planos futuros
Que adiam a vida, antecipam a morte...
Preciso fazer no presente
O que há para ser feito,
E não adiar, não pestanejar, não me destruir pelo não-vivido...

Sorrirei, cada dia, pelo dia que vivo,
Fazendo o que é preciso,
O que é pedido pelo meu coração
Em desejos latentes.
Tatuarei na pele
A borboleta que me tornei
E voarei intensamente, com o coração de hoje,
Mas um sorriso muito mais leve que o de ontem.

Você verá a mudança
E será feliz comigo
Porque me ama, me quer bem.
As frustrações de tantos anos,
Que carrego, arduamente, em meu corpo inteiro,
Serão passado, terão passado,
E serei, junto com você, mais plenamente feliz.

Minha gargalhada, alta e indiscreta,
Será mais honesta,
Real;
Minhas lágrimas cairão, ainda,
Muitas vezes,
Mas muito mais de tanto rir,
Muito mais de tanto amar.

Reencontramo-nos em breve
Eu e minha vida,
Prontas para recomeçar
E viver os longos dias
Não vividos na longa vida
De até então.

Natalie S. Dowsley.
(Saindo do casulo dia 18/02/09! Rezem por mim!=)

2 comentários:

Unknown disse...

Natalie...
Como sempre lindas palavras!!
Estamos torcendo por vc!!
Será, com certeza, a mais linda das borboletas!!
Um beijo

Patrícia disse...

Que lindo,Nathi!!! Adorei o texto e a metáfora. Lindo mesmo! Parabéns pela pessoa que és. E pelo muito que ainda serás.