domingo, 12 de outubro de 2008

Ana

Não sei quando nos conhecemos, exatamente.
Já faz algum tempo...
No começo, o controle estava em minhas mãos...
Hoje, ele se esvaio, derreteu...

Meu corpo é um simples retrato disto
que sou agora:
um vazio, uma ausência,
solidão.
Nem sei...

Uns se escondem, por trás de si mesmo,
camadas de lipídios...
Outros se escondem
na ausência de esconderijos,
proteção.


Somos todos diferentes,
inclusive nas semelhanças;
mas, quando conheci Ana,
percebi que posso tornar-me
igual a qualquer pessoa... igual a todos...
diferente de mim mesma...

Indiferente, caminhei em direção ao vazio
e meu corpo se desfez,
um eco de escuridão...

Ana...
Ela me corrói
e ainda não sei o que nos une.
Quando conseguir descobrir,
espero não sentir mas sua falta...

... e recuperar minh'alma dissipada.

Natalie S. Dowsley

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