domingo, 2 de outubro de 2011

A Guerra

Tácitos sentimentos povoam o reino.
Súditos, confusos, correm atordoados,
Desejando buscar refúgio em aconchegos familiares...
Não podem mais.

O desconhecido assusta.

O exército havia se preparado,
Estudado o adversário a ser enfrentado
E acreditava estar apto a uma luta
Dolorosa, mas necessária.
A missão fora compreendida e racionalmente aceita...

Quão sofrido vem sendo ao rei
Dar-se conta da destruição de sua paz:
Corpos dilacerados, almas despetaladas,
Sonhos perdidos para o fogo da morte
Destruindo, por ora, a fertilidade das terras
Que outrora floresciam no coração.

Paixão. O motivo de toda guerra.
E, entre destroços de lares e
Pedacinhos de sonhos espalhados por todo o mar,
Rei e súditos, amordaçados, contêm o grito de dor e se vão,
Mergulhando no recôndito obscuro do que não se sabe ser.

Esperam, pois sabem que a noite passa;
Tentam enxergar as estrelas
Como recompensa da escuridão.

Uma estrela cadente escorre na face de um deles
E todos os demais fazem o mesmo pedido:
Amor, felicidade e paz.

O reino voltará a sonhar.

Natalie S. Dowsley

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