quinta-feira, 13 de maio de 2010

As eleições estão chegando...

















As eleições estão batendo às nossas portas.
Os discurssos são sempre os mesmos... mas as mudanças ainda são minha esperança (desde a 1ª vitória do presidente -sindicalista que ganhara minha torcida desde cedo, quando disputou com Collor...).
Não sei ainda em quem votar, só tenho uma certeza:
não será, jamais, na candidata e seu presidente que, juntos, encobrem corruptos e manipulam pessoas em massa, a seu favor, e que, num discurso incoerente de defesa à honestidade, fazem uso dos eventos e propagandas governamentais para fazer campanha eleitoral antecipadíssima, dando provas "homéricas" de suas desonestidades.
Se não sabe jogar sem roubar, caramba, num joga!

Sobre o assunto, um texto do grande Cony:

O pão e o circo
Carlos Heitor Cony
(Folha de S.Paulo - 13/05/2010)

"RIO DE JANEIRO - Continuo desmotivado em matéria de eleições, inclusive a sucessão presidencial. Acho sacais as entrevistas, análises e pesquisas que entopem os chamados veículos de comunicação: TV, jornais e revistas. E agora a internet. Uns pelos outros, dão mais palpites do que informações.
Em linhas gerais, há centenas de candidatos a isso ou àquilo, que procuram alianças e apoios, sobretudo procuram financiamentos para quando chegar a hora de botar o bloco na rua. Chamam de "palanque" o resultado dos acordos e perspectivas. É a rotina que mais uma vez prevalecerá.
Esta rotina nada tem a ver com a ideologia, o partido, o passado, o presente e o futuro dos candidatos. A TV -pautando a imprensa escrita e falada- será o palco e o tribunal definitivo da luta eleitoral. Quem se sair bem do ponto de vista da massa ganhará as batatas.
Evidente que os produtores, marqueteiros, conselheiros disso e daquilo e até os iluminadores e maquiadores serão peças importantes neste autêntico "big brother" programado para outubro próximo.
Teremos a maratona que desfilará pela TV falando em bons costumes, em pleno emprego, em liberdade de expressão, em justiça, em honestidade -de certo modo, todos falarão a mesma coisa, mas o eleitor de hoje é, em essência, um telespectador que deseja participar do show.
A TV, por sua natureza, transforma tudo em espetáculo. Não importa o que seja dito ou prometido. Muito menos importará se o candidato é confiável ou não. Haverá tempo para a implantação da ficha limpa? Tudo dependerá da produção, daquilo que se chama "química" entre o ator e a plateia.
O próximo presidente do Brasil será escolhido por um contingente eleitoral que se habituou a pouco pão e muito circo."

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